Os Estados Unidos e a China afirmaram ter alcançado um acordo sobre um "marco geral" para superar suas diferenças comerciais, que deve ser validado pelos presidentes de ambos os países — Donald Trump e Xi Jinping. A decisão foi tomada durante reunião comercial em Londres, nesta terça-feira (10).
"Ambos os lados chegaram a um acordo em princípio sobre uma estrutura geral (...) e apresentarão essa estrutura geral aos seus respectivos líderes", disse o vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang.
Por sua vez, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, assegurou que o acordo permitirá resolver a preocupação de seu país sobre o acesso às terras raras chinesas, que consideram excessivamente restritas por Pequim.
Na sexta-feira (6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia anunciado que as negociações ocorreriam nesta semana.
A mídia estatal chinesa informou que o presidente Xi Jinping disse ao seu homólogo americano que os dois países deveriam "corrigir o curso" das relações bilaterais.
"Corrigir o curso do grande navio das relações sino-americanas exige que o guiemos bem e definamos a direção, especialmente para eliminar todos os tipos de interferência e até mesmo destruição, o que é particularmente importante", disse Xi a Trump, segundo a agência estatal Xinhua.
O país asiático, tido como o principal rival econômico de Washington, mas também um parceiro comercial essencial, foi crítico da política tarifária de Donald Trump, que, segundo um porta-voz do ministério do comércio, expôs a "natureza chantagista dos Estados Unidos".
Guerra tarifária
A guerra comercial entre Pequim e Washington começou quando Trump adotou uma série de tarifas que afetaram especificamente a China. O país asiático respondeu com duras medidas de represália.
Desde o início do ano, as taxas impostas pelos Estados Unidos à China alcançaram 145%, mas as taxas acumuladas para determinados produtos podem chegar a 245%.
Em resposta, a China impôs tarifas de 125% sobre os produtos americanos e, como resultado, o comércio bilateral entre as principais economias do mundo enfrenta uma estagnação.
FONTE/CRÉDITOS: Gaúcha ZH
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