A denúncia contra sete acusados de integrar o núcleo 4 da suposta trama golpista será julgada nestas segunda (6) e terça-feira (7) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do portal g1.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que apresentou a denúncia a partir do inquérito da Polícia Federal, este núcleo teria sido responsável por uma operação estratégica de desinformação, com ataques às urnas eletrônicas, disseminação de conteúdo falso e pressão sobre as Forças Armadas para aderirem ao plano golpista, além de, supostamente, fazer uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para atividades ilegais.
Quem são os acusados
Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva
Ângelo Martins Denicoli, major da reserva
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal
Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército
Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército
Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal e ex-integrante da Abin
Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército
Denúncias já aceitas
No dia 22 de abril, a Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, tornar réus seis denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no processo sobre a suposta trama golpista de 2022. Eles compõem o núcleo 2.
Com a decisão, os acusados passam a responder a uma ação penal pelos crimes de:
- organização criminosa armada
- tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito
golpe de Estado
- dano qualificado pela violência e grave ameaça
- deterioração de patrimônio tombado
Os réus seriam responsáveis pelo gerenciamento das ações da organização criminosa, para "sustentar a permanência ilegítima" de Bolsonaro no poder, em 2022. São eles:
Filipe Martins, que foi assessor de Assuntos Internacionais do então presidente Jair Bolsonaro (PL)
Marcelo Câmara, também ex-assessor de Bolsonaro
Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
Mário Fernandes, general da reserva
Marília de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça
Fernando de Sousa Oliveira, ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça
Esta é a segunda denúncia do inquérito do golpe recebida pelo STF. Em março, a Primeira Turma abriu uma ação penal contra Bolsonaro e outros sete acusados de formar o "núcleo crucial" do plano golpista. Os julgamentos foram desmembrados segundo os cinco núcleos de atuação descritos pela PGR.
FONTE/CRÉDITOS: Gaúcha ZH
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