Com a colheita da safra de verão tecnicamente encerrada no Rio Grande do Sul, o que se colhe agora é a confirmação de um cenário que já era realidade: a de que a estiagem levou parte da produção das lavouras no Estado. O tamanho exato desse prejuízo, no entanto, ainda deve ser calculado pela Emater, com a divulgação dos números consolidados nas próximas semanas.
Por ora, o que se tem é o sentimento que vem do campo: de perdas, novamente, por problemas climáticos. E a última projeção da Emater, que estimava uma redução de 17,4% na produção de soja em relação ao ciclo anterior, chegando a 15 milhões de toneladas do grão. Considerando todos os grãos colhidos no verão (incluindo milho e arroz), a quebra prevista era de 6%, com 28 milhões de toneladas.
— Tem que se esperar a consolidação das perdas, mas é óbvio que foi um ano difícil, complexo — analisa Alencar Rugeri, assistente técnico em culturas da Emater.
Presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-RS), Ireneu Orth concorda e acrescenta, referindo-se ao restante do país, que deve colher safra recorde:
— O Rio Grande do Sul, infelizmente, está ficando para trás.
Enquanto aguarda os dados oficiais do ciclo 2024/2025, o setor produtivo começa a se organizar, agora, para o plantio da safra de inverno, que, na avaliação de Rugeri, “está com um cenário bem nebuloso”. Ainda assim, uma certeza já se impõe: a de que estiagem desta safra não passará despercebida nas estatísticas.
FONTE/CRÉDITOS: Gaúcha ZH
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