Com produção menor em relação a 2024, pinhão é vendido com preço 28% mais
Segundo a Emater, qualidade está dentro da normalidade, mas há menos sementes nas pinhas e de menor tamanho
Presente em mercados de Caxias do Sul desde que a colheita foi liberada, no dia 1º de abril, o pinhão ainda tem oferta reduzida em comparação a 2024. Revendedores que mantêm contato com as cerca de 700 famílias beneficiadas pela semente nos Campos de Cima da Serra, segundo estimativa da Emater, afirmam que 2025 "é ano de pouco pinhão”.
A produção em forma cíclica é uma das características da araucária, que, como planta nativa, apresenta variações de produtividade, em média, a cada três anos. Somada a isso, a seca no período de floração e a chuva em excesso no fim do inverno e início da primavera afetaram, principalmente, a produção em Cambará do Sul. De acordo com a Emater, o município deve colher 50 toneladas neste ano, 20% a menos do que em 2024.
Entre os seis municípios com maior produção na região, São José dos Ausentes também espera uma coleta menor em 2025. As 40 toneladas estimadas pela Emater no ano representam uma redução de 10% em relação a 2024. Por outro lado, São Francisco de Paula, o maior produtor do Estado, e Jaquirana devem retirar dos pinheiros cem toneladas cada uma, um aumento de 20% na comparação com 2024.
A Emater projeta uma produção de 860 toneladas em todo o Rio Grande do Sul. Caso se confirme, será um volume 16% menor em relação com o ano passado. Apenas na Serra cerca de 600 toneladas devem ser coletadas até julho.
Embora estejam na mesma região, estudos feitos pelos extensionistas da Emater concluíram que os municípios não tiveram condições climáticas idênticas até que o pinhão estivesse pronto para colheita. O que explica, de acordo com a engenheira florestal Adelaide Kegler Ramos, a variação de produtividade das araucárias.
FONTE/CRÉDITOS: PORTAL NEWS RS
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