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É possível que sejam sucuris”, diz especialista sobre relatos de cobras no noroeste gaúcho
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É possível que sejam sucuris”, diz especialista sobre relatos de cobras no noroeste gaúcho

É possível que sejam sucuris”, diz especialista sobre relatos de cobras no noroeste gaúcho

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As buscas pelas supostas cobras sucuris avistadas no Rio Ijuí continuam nesta quarta-feira (17) em Roque Gonzales, no noroeste gaúcho. O Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM) começou a operação no domingo (14), mas os agentes não identificaram a presença do réptil ou indícios de que pudesse ter circulado nas margens do lago até o momento.
O mecânico Juliano Pedroso Nascimento, 39 anos, garante que viu o animal às margens do Rio Ijuí no sábado (13). Ele gravou vídeos do que, segundo ele, seria o réptil (assista acima) no lago artificial formado pela Usina Hidrelétrica Passo São João. Morador de Roque Gonzales, ele frequenta o local com frequência desde que nasceu.
— Eu já vi cobra grande aqui, mas nada parecido com isso. Pelo o que consegui ver (do animal) dá mais de três metros, tranquilamente. Estava muito agitada, mas não consegui ver a cabeça dela, estava um pouco abaixo da água, mas meu pai enxergou — disse.
De acordo com o BABM, as buscas são feitas em um área de aproximadamente 12 quilômetros no Lago do Passo São João e conta com a utilização de embarcação e drones.
— Os avistamentos podem ser lontras ou ariranhas, que são comuns na região, mas não se descarta a possibilidade de serem sucuris. Nosso trabalho é feito em cima de relatos e de ocorrências de possíveis ataques a animais domésticos e nativos — reiterou a sargento Kátia Fernanda Gauer a GZH Passo Fundo.
Subespécie adaptada
Apesar de inusitada, a presença da sucuri não é incomum na Região Noroeste, perto da fronteira com a Argentina. É o que aponta a coordenadora do Grupo de Estudos de Animais Silvestres da Universidade de Passo Fundo (UPF), Michelli Ataide. De acordo com ela, os relatos são sobre uma subespécie de sucuri, de nome científico Eunectes notaeus, que tem se adaptado à região.
— Sim, pode ser uma sucuri. Já existem vários relatos e é bem provável que a subespécie amarela exista por aqui. Elas podem chegar a nove metros de cumprimento. A gente não sabe se elas chegaram aqui se arrastando ou se foram trazidas por tráfico e acabaram fugindo, mas fato é que, hoje, estão adaptadas ao clima, desde a sobrevivência até a reprodução — destaca a especialista.
Segundo a especialista, a mesma situação aconteceu com javalis e jacarés-do-papo-amarelo, espécies que não são naturais da região, mas que foram introduzidas há anos e agora são comuns.
— São animais inofensivos aos humanos. Claro, é preciso ter cuidado com crianças, animais domésticos e no ambiente aquático, mas é importante alertar a população para que não machuquem as sucuris. Caso avistem, devem acionar o Batalhão Ambiental, mas o bicho não é removido do local, apenas monitorado — reitera.
Orientações
Apesar da presença dos animais não ter sido confirmada, a orientação do Batalhão é que pessoas que vivem perto do rio tenham cautela com embarcações no local e circular nas margens.
Além disso, é solicitado aos moradores que acionem as autoridades caso avistem as cobras. Se os répteis forem encontrados serão apenas monitorados, tendo em vista que são animais silvestres e devem permanecer em seu habitat natural — neste caso, em rios e áreas alagadas.
Para relatar a presença das sucuris, a orientação é ligar para os números:
Brigada Militar: 190
BABM São Luiz Gonzaga: (55) 3352-6616
BABM Santo Ângelo: (55) 3312-1046
WhatsApp: (55) 98442-7238
FONTE/CRÉDITOS: ZH
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