Um novo golpe tem causado prejuízos às pessoas que buscam emitir o passaporte: criminosos criam sites falsos idênticos ao da Polícia Federal para roupas dados pessoais e dinheiro de vítimas.
Uma das pessoas prejudicadas foi a empresária Endil Tamara de Mello, moradora de Passo Fundo, no norte gaúcho. Ela relata que viu um anúncio que parecia ser da Polícia Federal para a emissão de passaportes. Clicou no banner e entrou no site que apresentava o brasão, as cores e até endereço digital semelhante ao da PF.
— Entrei no primeiro site que vi, que era da Polícia Federal aparentemente. No primeiro momento fui só preenchendo os dados e o site solicitou um Pix de R$ 149. Fiz rapidamente e continuei seguindo os passos que a página que me indicava — lembra.
Ela só descobriu que havia sido enganada quando recebeu um e-mail com uma nova cobrança.
— Depois que percebi, fiquei com aquele sentimento de frustração, de insegurança — conta.
Casos semelhantes têm se tornado cada vez mais comuns, com criminosos criando páginas idênticas às de órgãos do governo federal para roubar dados e dinheiro de quem busca emitir documentos como o passaporte.
Conforme a Polícia Federal de Passo Fundo, cresceram os registros do "golpe do passaporte" desde o segundo semestre do ano passado. Os criminosos replicam sites oficiais com pequenas diferenças no endereço digital e levam os usuários a inserir informações pessoais e a fazer pagamentos indevidos.
— A orientação é procurar o site oficial da Polícia Federal, que é www.pf.gov.br ou entrar no site gov.br que também direciona aos órgãos federais — aconselha Sandro Luiz Bernardi, delegado da Polícia Federal em Passo Fundo.
Atenção no agendamento de passaporte
Além disso, a PF alerta para outro risco: empresas legítimas que atuam como despachantes e cobram taxas extras para intermediar o agendamento do passaporte.
Esses sites, muitas vezes patrocinados em buscadores como o Google, aparecem no topo das pesquisas por termos como "tirar passaporte" ou "agendar passaporte". Embora prestem um serviço real, o valor cobrado é superior ao oficial, que atualmente custa R$ 257,25 no portal único do governo.
Em caso de dúvida, a recomendação é entrar em contato com a Polícia Federal ou procurar uma unidade física do órgão. Denúncias de páginas suspeitas podem ser feitas no site oficial da PF - https://www.gov.br/pf/pt-br - ou pelo telefone 181.
FONTE/CRÉDITOS: Gaúcha ZH
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