As exportações brasileiras de milho registraram uma queda de 32% nos dois primeiros meses de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Segundo análise da Grão Direto desta segunda-feira (24), no entanto, o volume diário embarcado em março apresenta um crescimento expressivo de 256%, com projeção de superar 1,5 milhão de toneladas no mês.
Apesar da redução nas exportações, o consumo interno segue em alta, o que mantém os preços do cereal acima da paridade de exportação. Esse cenário pode sustentar ou até impulsionar os valores nos próximos meses.
A condição climática também influencia a safra. Após um período de baixa precipitação, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta a continuidade das chuvas em estados como Pará, Tocantins, Maranhão e Piauí. No entanto, a Região Sul deve receber volumes menores. "As chuvas chegam em um momento crucial, com grande parte do milho 2ª safra ainda em desenvolvimento vegetativo e uma parcela significativa na fase de emergência", destaca o Inmet. Com a chegada do outono, há preocupação com a possibilidade de precipitações abaixo da média em diversas regiões do país.
No cenário internacional, os Estados Unidos têm registrado forte demanda pelo milho, com preços mais competitivos que os do Brasil. O México lidera as compras do cereal norte-americano, representando cerca de 42% das vendas para a safra 2024/25. O Japão também ampliou suas aquisições, alcançando o maior volume de importação em quatro anos.
Diante desse contexto, a semana pode trazer um retorno da alta nas cotações da B3 (Bolsa Brasileira), podendo superar os R$ 80,00 por saca. Esse movimento tende a se refletir no mercado físico, com intensidade variando conforme a região, apontou a Grão Direto.
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