Convencidos de que a Região Sul está sendo maltratada pela Rumo, concessionária da malha ferroviária, os governadores Eduardo Leite e Jorginho Mello decidiram unir forças para debater a concessão, que expira em 2027.
A proposta de antecipação da renovação da concessão por mais 30 anos, apresentada pela Rumo ao governo federal, preocupa os dois governadores e suas equipes técnicas, já que a situação é de abandono.
No caso do Rio Grande do Sul, o governo define a situação da malha ferroviária como crítica e defende uma nova concessão, que contemple as prioridades do Estado.
Dos 3.823 quilômetros originalmente concedidos, apenas 921 estão operacionais após os danos causados pelas enchentes de 2024. A empresa já manifestou interesse em devolver parte da malha ferroviária gaúcha à União, mantendo apenas o trecho entre Rio Grande e Cruz Alta, considerado o mais rentável.
— A malha ferroviária gaúcha perdeu metade da sua movimentação nos últimos anos e está operando com baixa velocidade, alto custo e pouca integração. Não aceitaremos que essa concessão seja prorrogada sem compromissos concretos de investimento e planejamento. Os recursos da devolução precisam ser aplicados aqui, onde o prejuízo é real e onde há potencial de crescimento — disse Leite.
Da discussão sobre a necessidade de um novo modelo de concessão para a malha ferroviária da região Sul participaram também secretários estaduais, técnicos da área de logística e representantes do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
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FONTE/CRÉDITOS: Gaúcha ZH
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