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Taxa de 50% dos EUA preocupa, mas cafeicultores mantêm foco na qualidade
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Taxa de 50% dos EUA preocupa, mas cafeicultores mantêm foco na qualidade

Setor tem margem para armazenar o produto utilizando tecnologias que garantam a qualidade do grão

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Há uma semana em vigor, a nova tarifa de importação dos Estados Unidos, de 50% sobre produtos brasileiros, preserva isenções para parte da pauta exportadora, mas mantém o peso da taxação sobre itens estratégicos — como o café, um dos símbolos do agronegócio nacional.

Para o cafeicultor e influenciador digital Rafael Stefani, do perfil Café no Brasil, os impactos no setor começaram antes mesmo da aplicação oficial da tarifa.“Houve recuo nas vendas para o mercado norte-americano no final de julho, motivado não exatamente pela taxação em si, mas pela insegurança dos importadores quanto à aplicação da medida”, avalia Stefani.

Ele afirma que havia expectativa de que o café pudesse ser incluído na lista de exceções, já que os Estados Unidos praticamente não produzem o grão. Ao todo, cerca de 700 produtos tiveram redução ou isenção da tarifa.

Segundo Stefani, a alíquota poderia ser menor que os 50% anunciados, a exemplo do que ocorreu com o Vietnã, que teve a taxa reduzida para 20% ou 30%, afirmou o cafeicultor.

“No mercado interno, os preços do café vêm caindo desde o fim de julho, mas não como reflexo direto da nova tarifa. O principal fator é a entrada da safra brasileira de 2025, iniciada em abril. Com o aumento da oferta, o valor da saca caiu de cerca de R$ 2.800 para R$ 1.900”, reforça Stefani.

Não bastasse o imbróglio do tarifaço, o cafeicultor precisa manter atenção redobrada à qualidade do grão. O engenheiro agrônomo da Motomco, Roney Smolareck, vê um aspecto positivo: o café pode ser armazenado por meses sem perder qualidade, desde que a umidade esteja dentro dos padrões ideais. “O setor tem margem para aguardar eventuais negociações entre os dois países nos próximos meses, ao contrário dos exportadores de produtos mais perecíveis, como frutas, por exemplo”.

O teor de umidade do grão de café é determinante para a qualidade e o rendimento na conversão — ou seja, a quantidade de cerejas necessárias para produzir uma saca beneficiada. “O teor de umidade influencia diretamente o processo de secagem e armazenamento, evitando problemas como fermentação indesejada e desenvolvimento de fungos”, acrescenta Smolareck.

A diretora de Marketing da Motomco, Manoella Rodrigues da Silva lembra que a empresa mantém parceria com várias entidades, cafeicultores e estabelecimentos compradores de café.  “Temos aparelhos de altíssima precisão, para todos os tipos de grãos e necessidades, que podem fornecer resultados rapidamente. Porém, para proteger as atividades comerciais, os medidores de umidade precisam estar homologados conforme a Portaria 47/2022 Inmetro.

Manoella destaca que, no caso de grãos de café, o maior benefício de se utilizar um medidor de umidade é que ele fornece uma porcentagem de umidade muito mais confiável do que a simples inspeção visual, já que um grão seco na superfície ainda pode conter umidade por dentro.

Safra no Paraná - No Paraná, a colheita já atinge mais de 80% da área cultivada, que soma 25,4 mil hectares, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. O clima seco favoreceu os trabalhos e acelerou a secagem nos terreiros. A produção média no estado é estimada em 1.752 quilos por hectare.

Sobre a Motomco – Com mais de 30 anos de atuação no mercado, a Motomco se firmou como referência em medidores de umidade de grãos, atendendo as principais regiões agrícolas do Brasil. De origem canadense, a marca é hoje líder nacional no segmento, reconhecida pela precisão, confiabilidade e constante inovação de seus equipamentos. Saiba mais em: www.motomco.com.br

 

FONTE/CRÉDITOS: Ascom
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