Quatorze detentos do Presídio Estadual de Santiago (Pesan) estão atuando na produção de materiais de cimento que serão utilizados na obra de ampliação do Grupo Hospitalar Santiago. A iniciativa integra um dos projetos de trabalho prisional em vigor na unidade e busca promover a ressocialização, qualificação profissional e geração de renda para os apenados.
Os internos produzem blocos de concreto, meios-fios, canaletas, postes e outros itens em dois pavilhões instalados dentro do presídio por empresas parceiras. A produção ocorre de segunda a sexta-feira, durante oito horas diárias. Parte do material será destinada à ampliação do hospital, que prevê a criação de 28 novos leitos via SUS, conforme anunciado pelo governador Eduardo Leite.
Segundo o secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Jorge Pozzobom, o trabalho prisional é uma das prioridades da gestão. “Queremos ampliar essas parcerias para oferecer mais oportunidades de aprendizado e reintegração social”, afirmou.
O Pesan conta atualmente com cinco termos de cooperação com empresas, permitindo a inserção de apenados em atividades laborais. Além da remuneração, os detentos também recebem remição de pena — um dia a menos a cada três dias trabalhados.
O diretor da unidade, Carlos Brandli, destaca a importância da iniciativa. “O reconhecimento da sociedade tem sido positivo. Projetos como esse valorizam o trabalho prisional e mudam a percepção sobre ele”, comentou.
Na 2ª Delegacia Penitenciária Regional, diversas unidades já desenvolvem ações semelhantes. Na Penitenciária Estadual de Santa Maria, por exemplo, há produção de ração, quadros, manutenção estrutural e hortas. Segundo o delegado Thiago Nothen de Medeiros, a combinação entre trabalho, educação e saúde é central para a ressocialização dos apenados na região.
FONTE/CRÉDITOS: GZH
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