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Argentina lança plano para reforçar segurança na fronteira com o Brasil
Governo da Argentina / Divulgação

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Argentina lança plano para reforçar segurança na fronteira com o Brasil

Nova estratégia, que conta com o apoio de autoridades brasileiras, mira o crime organizado na província de Misiones, que faz fronteira com o RS, SC e

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A ministra da Segurança Nacional da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou nesta segunda-feira (26), um plano para reforçar o controle na fronteira com o Brasil. O objetivo é conter a ação de redes criminosas transnacionais, com foco no combate ao contrabando, tráfico de drogas e assassinatos por encomenda.
O principal ponto de atenção do chamado Plano Guaçurarí, é a cidade de Bernardo de Irigoyen, na província de Misiones, no Nordeste argentino, considerada uma das áreas mais vulneráveis do país. O município faz fronteira com Barracão, no Paraná, e Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina. A província de Misiones também faz divisa com o Rio Grande do Sul.
Segundo Patricia, a ausência de fiscalização efetiva permitiu o avanço de organizações criminosas que atuam dos dois lados da fronteira. Só em 2023, sete homicídios com características de execução foram registrados na região, ligados a disputas entre facções, de acordo com a ministra argentina.
— A fronteira com o Brasil estava abandonada, sem estratégia. Isso abriu espaço para o crime. Agora, nenhuma rua ou metro será deixado sem controle — afirmou a ministra, durante apresentação oficial em Buenos Aires.
Plano Guaçurarí
O plano prevê, entre outras medidas, a "blindagem" de um trecho de 25 quilômetros da fronteira seca em Misiones e articula o trabalho de todas as forças federais argentinas, da Polícia da província, da Aduana e do setor de Migrações. Uma das prioridades é garantir que todo o trânsito de pessoas e mercadorias ocorra apenas por vias legais.
A iniciativa também inclui cooperação com autoridades brasileiras, como a Polícia Federal em Santa Catarina e prefeituras de cidades na faixa de fronteira. De acordo com Patricia, os dois países têm interesse comum na redução da violência e na repressão ao crime organizado que atua em rede na região.
Desde fevereiro, segundo dados do Ministério da Segurança argentino, operações intensificadas já resultaram em um aumento expressivo na apreensão de drogas e mercadorias ilegais. Por outro lado, a ofensiva também gerou reações: agentes da Gendarmaria (força de segurança nacional) relataram ameaças, atentados e até ataques a residências e bases operacionais.
O Plano Guaçurarí leva o nome de Andrés Guazurarí, líder indígena e herói missioneiro que lutou pela independência na região do atual território argentino, paraguaio e brasileiro. O governo argentino afirma que a iniciativa é parte de uma política mais ampla de “recuperação do território nacional das mãos do crime”.
A fronteira entre Argentina e Brasil tem mais de 1.200 quilômetros de extensão e inclui áreas de densa vegetação, rios e travessias urbanas.
 
FONTE/CRÉDITOS: Gaúcha ZH
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