Segundo relatório do Unicef, pela primeira vez na história, o excesso de peso supera a desnutrição como principal forma de má nutrição infantil no mundo. Hoje, 1 em cada 5 crianças ou adolescentes (cerca de 391 milhões) está acima do peso, sendo 188 milhões com obesidade. Enquanto isso, a desnutrição caiu globalmente de 13% para 9,2% entre 2000 e 2025, mas a obesidade subiu de 3% para 9,4%.
No Brasil, a obesidade infantil triplicou entre 2000 e 2022, passando de 5% para 15%, enquanto a desnutrição caiu de 4% para 3%. O sobrepeso dobrou, chegando a 36%.
As maiores taxas de obesidade estão em países das Ilhas do Pacífico, ultrapassando 30%, devido à substituição de alimentos tradicionais por ultraprocessados baratos. Países ricos, como Estados Unidos, Chile e Emirados Árabes Unidos, também registram níveis elevados de obesidade infantil (entre 21% e 27%).
O Unicef alerta que a obesidade aumenta o risco de doenças graves e pode gerar impactos econômicos globais superiores a US$ 4 trilhões por ano até 2035, caso não haja intervenção.
O relatório destaca o Brasil como exemplo positivo, por políticas públicas como:
- restrição de ultraprocessados no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE);
- proibição de propagandas de alimentos não saudáveis para crianças;
- rotulagem frontal de produtos com alto teor de açúcar, sódio e gordura;
- proibição de gorduras trans nos alimentos.
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