Diante do aumento de casos de Covid-19 no Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) emitiu, neste mês, uma nota informativa recomendando aos municípios o reforço das medidas de prevenção. Na última semana, a Secretaria de Obras Públicas (SOP), com sede em Porto Alegre, teve 24 servidores afastados ao serem diagnosticados com o vírus. Na metade de agosto, um surto no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) registrou mais de 60 casos confirmados e duas mortes por Covid-19.
Renata Petzhold Mondini, farmacêutica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), analisa que o atual cenário epidemiológico é semelhante ao do ano passado, quando também houve um aumento de casos entre o final de agosto e início de outubro. Isso se deve à sazonalidade do vírus. "Hoje o SARS-CoV-2, que é o vírus causador da COVID-19, faz parte de um hall de vírus respiratórios sazonais que circulam durante o ano todo, mas possuem períodos de maior circulação", explica.
De acordo com o painel de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) da SES, pode-se observar um aumento de casos a partir da segunda quinzena de agosto nos últimos anos. Ainda de acordo com o painel, no mesmo período do ano passado, em setembro de 2024, havia 1.449 casos graves por Covid-19. Neste ano, foram 525 casos notificados. Já em relação aos casos leves, em setembro de 2024, foram registrados 1.807 casos. Neste ano, até o momento, foram registrados 1.482 casos, de acordo com o painel do Ministério da Saúde (MS).
Atualmente, a sazonalidade da influenza e do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) estão no final, observando-se o aumento de casos de Covid-19. Apesar de circularem o ano todo, em cada época do ano, cada vírus tem um período de maior circulação.
Segundo a profissional, o aumento de casos é esperado. "Já esperávamos que fosse ter um aumento de casos com o fim da sazonalidade da influenza e do VSR. A gente viu esse aumento e, no início de setembro, a secretaria fez um alerta avisando que a gente estava entrando nesse período de maior número de casos", aponta. Os surtos, também esperados, acontecem com outros tipos de vírus respiratórios durante o ano. "Não é só com o SARS-CoV-2, com influenza também acontece. São vírus respiratórios e são bastante transmissíveis, principalmente em locais fechados de pouca ventilação”,
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