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Taxa de desocupação no Rio Grande do Sul está entre as menores do País
Bruno Peres

Economia

Taxa de desocupação no Rio Grande do Sul está entre as menores do País

A taxa de desocupação foi estimada em 4,1% no terceiro trimestre deste ano, mantendo-se no menor patamar da série histórica do Estado.

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O Rio Grande do Sul apresentou, em 2022, taxa de desocupação de 3,8%, uma das menores do País, e rendimento médio mensal do trabalho de R$ 3.077, valor 8% superior à média nacional, conforme o Censo Demográfico 2022.

Já no terceiro trimestre de 2025, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, o rendimento médio mensal real habitual dos ocupados alcançou R$ 3.875, com crescimento de 5,4% na comparação interanual. A taxa de desocupação foi estimada em 4,1%, mantendo-se no menor patamar da série histórica do Estado.

Os dados fazem parte de dois estudos – Boletim de Trabalho e Cadernos RS no Censo 2022: trabalho e rendimento. Os materiais foram elaborados pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), por meio do Departamento de Economia e Estatística (DEE), com base em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

As análises foram realizadas pelos pesquisadores Raul Bastos e Guilherme Xavier Sobrinho, sendo o segundo estudo desenvolvido sob a coordenação da pesquisadora Mariana Lisboa Pessoa.

O Boletim de Trabalho do Rio Grande do Sul – 3º trimestre de 2025 analisa a evolução recente dos indicadores com base na PNAD Contínua e no Novo Caged. No período, a taxa de desocupação foi estimada em 4,1%, mantendo estabilidade na comparação trimestral e situando-se, na comparação interanual, no menor nível da série histórica do Estado. O contingente de desocupados foi de 248 mil pessoas, o que representou redução de 20,3% em relação ao terceiro trimestre de 2024.

A taxa combinada de desocupação e subocupação por insuficiência de horas trabalhadas foi estimada em 6,7%, também no menor patamar da série para o Rio Grande do Sul. A incidência da desocupação de longo prazo atingiu 29,2%, ficando 6,9 pontos percentuais acima do nível observado no mesmo período de 2024. O aumento esteve associado, sobretudo, à elevação do contingente de pessoas com dois anos ou mais de procura por trabalho.

No recorte por características, o crescimento foi mais intenso entre as mulheres e entre as pessoas com alto nível de escolaridade, grupo que passou a representar 36,1% dos desocupados de longo prazo, após variação de 126,8% na comparação interanual.

O rendimento médio mensal real habitual dos ocupados manteve-se em R$ 3.875, com estabilidade na comparação com o trimestre anterior e crescimento na comparação anual.

No mercado formal, o Estado registrou 60,8 mil vínculos adicionais entre outubro de 2024 e outubro de 2025, o que corresponde a crescimento de 2,1% – o que posiciona o Rio Grande do Sul na 25ª colocação entre as unidades da Federação em expansão relativa do emprego formal.

O setor de serviços concentrou 62,9% do saldo positivo de empregos formais nos últimos doze meses da série, enquanto a indústria apresentou crescimento mais moderado.

O perfil do saldo de empregos formais foi composto majoritariamente por mulheres, jovens e trabalhadores com Ensino Médio. Esses últimos responderam por mais de dois terços das admissões líquidas.

Enquanto o Cadernos RS no Censo 2022 – Trabalho e Rendimento apresenta um retrato estrutural do mercado de trabalho gaúcho. Em 2022, o Estado possuía 9,1 milhões de pessoas em idade de trabalhar – o equivalente a 5,5% da população brasileira nessa faixa etária. Desse total, 5,5 milhões integravam a força de trabalho, resultando em taxa de participação de 60,3% – superior à média nacional, de 56,7%.

O contingente de desocupados somava 206,4 mil pessoas, posicionando o Rio Grande do Sul com a quinta menor taxa de desocupação entre as unidades da Federação. O estudo também aponta que 76,3% dos ocupados contribuíam para a Previdência oficial, o segundo maior percentual do país, acima do índice nacional, de 67,3%.

Em relação à desigualdade de rendimentos, o Índice de Gini do rendimento do trabalho no RS foi de 0,460, o terceiro menor entre os Estados. No recorte por sexo, o rendimento médio dos homens (R$ 3.438) foi 30,1% superior ao das mulheres (R$ 2.641). Já o perfil da ocupação indica que 31,9% dos trabalhadores estavam inseridos em posições mais frágeis, como trabalho sem carteira assinada, conta própria sem CNPJ e trabalho familiar auxiliar.

O Censo também evidencia diferenças segundo nível de escolaridade e raça/cor. Em 2022, cerca de 40% dos trabalhadores ocupados no Estado possuíam escolaridade inferior ao Ensino Médio completo. No recorte racial, o RS apresentava maior participação de pessoas brancas na população ocupada (78,6%) em comparação com o Brasil (43,5%).

Os trabalhadores brancos registraram rendimento médio mensal de R$ 3.616. Os rendimentos médios de pretos (R$ 2.083) e indígenas (R$ 1.797) situaram-se em patamares inferiores.-

FONTE/CRÉDITOS: Agência Brasil
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