Com um investimento de R$ 50 milhões na operação, a Universidade de Passo Fundo (UPF), juntamente com a Prefeitura de Passo Fundo e a empresa BeGreen, deram mais um passo para a implementação da primeira usina-escola de amônia verde do Brasil. A iniciativa, que reúne outras empresas como a Migratio Bioenergia, Phama Energias Renováveis e a Torao Participações, terá capacidade de produção de 2 mil toneladas de amônia por ano, com a finalidade de abastecer inicialmente produtores da região norte do Rio Grande do Sul. Nesta terça-feira, 22, representantes das instituições envolvidas participaram da assinatura do Protocolo de Intenções. A construção deverá iniciar no primeiro semestre de 2026.
A usina terá como objetivo principal produzir amônia não mais a partir do hidrogênio proveniente do gás natural, mas sim do hidrogênio proveniente da água, reduzindo o gás carbônico (CO2), responsável pelo efeito estufa. O resultado esperado é a produção de alimentos com menos emissão de carbono, minimizando o impacto ambiental, evitando o aquecimento global e com possibilidade de reduzir custos de produção.
Para a reitora da UPF, Bernadete Maria Dalmolin, o projeto é a prova de que, juntos, a iniciativa pública, privada e a academia, podem produzir ciência, tecnologia e transformação social. “Estamos diante de um projeto de sustentabilidade que terá muitas aplicabilidades para além do agro. Esse movimento mostra que nós estamos desenvolvendo ciência juntos. Um projeto que tem a singularidade de ser uma usina escola e que, junto a isso, traz um orgulho de ver o desenvolvimento de novos produtos, a aplicação da inovação e a geração do conhecimento”, disse.
Representante da BeGreen, o empresário Luiz Hauth explicou que a assinatura do protocolo abre uma nova fase do projeto, iniciando, de fato, as tratativas para sua instalação junto ao Campus I da UPF. “Neste momento não somos os primeiros do ramo no Estado, somos os primeiros no Brasil, e os primeiros da América do Sul neste conceito de fábrica”, ressaltou, destacando que as projeções apontam o início da produção para daqui um ano e meio.
Pedro Almeida, prefeito de Passo Fundo, destacou que a instalação da nova usina-escola vai colocar o município ainda mais em destaque dentro do Estado e do país. Ele pontuou a importância da Universidade para o desenvolvimento da cidade e ressaltou que a união de esforços sempre apresenta soluções para o presente e o futuro. “Esta fábrica, em especial, que tem em sua base a inovação e o cuidado com o meio ambiente, representa o que vai ser o futuro. E ficamos ainda mais felizes por podermos trabalhar tudo isso pelo viés da educação. Nós temos que preparar os nossos pequenos, os nossos jovens, os nossos adolescentes para esse futuro que está se apresentando e que nós precisamos ter uma capacitação cada vez maior e hoje vemos todos os elementos neste projeto que ganha agora uma nova fase”, observou.
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